Público 60+ amplia busca por cursos de intercâmbio; veja opções e destinos favoritos

  • 22/04/2024
(Foto: Reprodução)
Agências conhecidas pela procura dos mais jovens hoje também oferecem programas específicos a pessoas mais velhas. 'Valeu muito a pena', diz aposentada que passou um mês estudando italiano sozinha no exterior. A aposentada Margarete Prezoto, de Ribeirão Preto (SP), fez um intercâmbio para Itália aos 64 anos Arquivo pessoal Quando decidiu fazer um intercâmbio para estudar italiano em 2018, Margarete Prezoto já tinha concretizado uma vida repleta de realizações: a aposentadoria como gerente comercial após mais de 40 anos de carreira em Ribeirão Preto (SP), a casa, a família e a possibilidade de proporcionar, para as filhas, oportunidades de estudo, inclusive no exterior. Com a viagem de um mês para Florença, aos 64 anos, ela decidiu experimentar aquilo que, no senso comum, estaria reservado a pessoas mais jovens: a possibilidade de aprender um novo idioma, de se conectar com colegas e a cultura de outros países e de ter aquela sensação de desprendimento, quando se está sozinho e longe da terra natal. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Você trabalha uma vida inteira, constrói sua vida, sua família, seus sonhos realizados e fica aquele 'e agora?'. Então peguei esse período sabático justamente para quebrar esses paradigmas. Eu nunca tinha viajado sozinha, foi um desafio e uma coisa maravilhosa. Um misto de emoção e de medo, de frio na barriga, é uma loucura, mas que valeu muito a pena", lembra a aposentada, hoje aos 70 anos. Pessoas como Margarete têm movimentado um mercado específico nos intercâmbios, com cursos voltados a quem tem 50 anos ou mais. Um público que ajudou a ampliar em 10% a busca por experiências personalizadas fora do país em agências como a STB em 2023, estima Luísa Caleiro, gerente da empresa em Ribeirão Preto. "Muitos pais de estudantes que estão com 15, 16 anos, naquela tradicional idade de fazer o intercâmbio, chegam aqui e falam: 'quero que meu filho tenha a oportunidade que eu não tive'. E eu falo muito isso: 'olha, mas você ainda tem essa possibilidade, porque não acabou. Você ainda tem muito tempo para fazer o intercâmbio", comenta. Uma feira com entrada gratuita, que acontece em Ribeirão Preto esta semana, vai apresentar algumas das opções existentes tanto para os mais jovens quanto para os mais velhos (veja informações mais abaixo). Margarete Prezoto, de Ribeirão Preto, fez intercâmbio para estudar italiano depois de se aposentar Arquivo pessoal Intercâmbio para público 50+ e 60+ Intercâmbios para pessoas acima dos 50 ou 60 anos não são uma novidade, segundo Luísa, mas tiveram uma maior procura após a pandemia da Covid-19. "As próprias escolas no exterior estão entendendo esse crescimento dessa demanda e estão desenhando programas específicos para essa faixa etária", diz. Esse cursos, certificados e planejados para terem pessoas da mesma idade de diferentes nacionalidades, são tanto voltados exclusivamente para imersão em idiomas, como também combinados com outras experiências em áreas de interesse como artes, gastronomia e história. "Se você está na Itália, por exemplo, vai ter o dia da pizza, o dia do molho de tomate, um dia que vão fazer uma sobremesa. Eles fazem o idioma italiano na parte da manhã, depois na parte da tarde fazem uma atividade de gastronomia", exemplifica. Os módulos, geralmente, têm duração de duas semanas, para que as demais fiquem reservadas para turismo. "São cursos de curta duração. Eles fazem uma, duas semanas de curso e depois vão passear, fazer as viagens." Assim como nos intercâmbios comuns, a casa de família e a residência estudantil estão entre as opções oferecidas de hospedagem. "O estudante tem a opção de alugar um Airbnb ou ficar em um hotel se não ficar à vontade para ficar em uma casa de família", afirma a gerente. Vista do parque de Richmond para a catedral St. Paul's, em Londres Globo Repórter Os destinos 'queridinhos' Dentro desses programas, para estudar inglês, italiano e francês, Inglaterra, Irlanda, Itália e França estão entre os países mais procurados. Londres, Dublin, Antibes e Florença, por sua vez, estão entre as cidades que dispõem de cursos voltados para essas faixas etárias. Margarete viajou sozinha para Florença em abril de 2018 e ficou um mês fora para um curso básico de italiano com colegas de sala de países como Japão e México. Nas horas e dias livres, aproveitou para conhecer não só a região da Toscana como outras regiões da Itália como Milão e Veneza. "foi um período de sonho", conta. Imagem do Castelo de Dublin, na Irlanda Donaldytong/Wikipedia Custa caro? Os valores dependem do que o estudante busca no exterior, no que diz respeito a tempo de permanência, ao país e ao tipo de curso que se pretende fazer. "A intensidade de carga horária do curso implica no valor, o tipo de acomodação, destinos", afirma a gerente da STB. A estimativa é de que um curso de inglês com duração de duas semanas e acomodação em casa de família custe a partir de R$ 6 mil, sem incluir passagens aéreas. Se o valor é salgado para muita gente, parcelamento no cartão de crédito, modalidades de financiamento e boleto bancário ajudam quem se planeja a médio prazo. Planejamento, aliás, é essencial para quem deseja concretizar esse sonho. O recomendado é um período de seis meses a um ano, não só para deixar as contas em dia, e chegar com orçamento mais livre no destino escolhido, como também para ir se familiarizando com língua e cultura locais. "Você não precisa deixar de estudar aqui. (...) Você chega mais preparado, estuda sobre o país que você está indo, a cultura, a cidade, isso é muito bacana." Por que fazer intercâmbio aos 60? Além dos benefícios para quem atua no mercado de trabalho, a possibilidade de fazer um intercâmbio com mais de 50 ou 60 anos também representa mais maturidade para uma experiência internacional. Para quem já é aposentado, em alguns casos, isso também pode representar mais flexibilidade de tempo ou mesmo mais recursos para buscar enriquecimento cultural, conhecimento e networking, afirma Luísa. "Nessa idade as pessoas têm mais interesse genuíno de explorar outras culturas e aprender sobre história, sobre arte. Tem a questão do aprendizado continuo, a gente nunca pode parar de estudar." Para Margarete, a experiência apenas abriu portas para uma nova etapa em sua vida. "Valeu muito a pena. O que ficou para mim disso tudo é que o tempo não bloqueia absolutamente nada, todo dia você aprende alguma coisa, busca alguma coisa nova", afirma. Serviço Feira de Intercâmbio Onde: Shopping Iguatemi (Av. Luiz Eduardo Toledo Prado, 900 - Vila do Golfe, Ribeirão Preto) Quando: 23 de abril, das 15h às 19h30 Entrada: gratuita (inscrições pela internet) Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/04/22/publico-60-amplia-busca-por-cursos-de-intercambio-veja-opcoes-e-destinos-favoritos.ghtml


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