Foragido da Justiça ainda consta como advogado em processos 4 anos após condenação definitiva por morte de estudante

  • 19/04/2024
(Foto: Reprodução)
Mesmo com trânsito em julgado, Alexandre Maturana segue regular na OAB e estava entre representantes de ação de inventário e partilha na região de Ribeirão Preto. Advogada pediu retirada dele dos autos na quinta-feira (18). Foragido da justiça ainda constava como advogado em processo em Jardinópolis, SP Quatro anos depois de ser condenado com trânsito em julgado pela morte de um adolescente atropelado em Ribeirão Preto (SP) e de ser considerado foragido, Alexandre Luís Maturana continuou a atuar como advogado, como mostram documentos obtidos pela produção da EPTV, afiliada da TV Globo, e informações obtidas pelo g1. Além de estar com registro em situação regular na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de acordo com consulta atualizada nesta sexta-feira (19), Maturana ainda constava como um dos advogados representantes de uma ação de inventário e partilha que tramita em Batatais (SP) desde 2016. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O nome dele ainda estava no processo ao menos até quinta-feira (18), quando uma advogada com quem ele trabalhava solicitou a retirada nos autos. Além disso, em consulta ao site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o nome de Maturana também aparece como defensor em processos em 2021 e 2022 na comarca de Jardinópolis (SP), ou seja, posteriores à condenação definitiva e ao mandado de prisão. Alexandre Maturana ainda constava como advogado em situação regular no site da OAB mesmo após condenação e de ser considerado foragido pela Justiça de Ribeirão Preto (SP) Reprodução/ OAB A defesa de Alexandre Maturana foi procurada para comentar o caso, mas não deu retorno até a última atualização desta notícia. A OAB de Ribeirão Preto (SP) informou que não tem informações sobre a atuação de Alexandre Maturana como advogado e que o fato de ele ser condenado e procurado pela Justiça não implica na exclusão automática do quatro da Ordem dos Advogados do Brasil. Escritório pediu retirada de advogado Alexandre Maturana de processo que tramita em Jardinópolis na quinta-feira (18) Reprodução/EPTV Além disso, comunicou que um eventual pedido para que isso aconteça deve passar por um processo com direito a ampla defesa. A reportagem também aguarda posicionamentos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) e do Tribunal de Justiça de São Paulo. LEIA TAMBÉM Condenado em última instância por morte de adolescente há 16 anos, advogado segue foragido em Ribeirão Preto Ex-policial militar é condenado a 14 anos e seis meses de prisão por matar ex-namorada em Franca Carro de Alexandre Luís Maturana com danos após o atropelamento de Rubem Falconi de Oliveira, em maio de 2008, em Ribeirão Preto, SP Acervo EP O atropelamento O advogado foi condenado pela morte de Rubem Falconi de Oliveira, de 16 anos, atropelado na madrugada de 1º de maio de 2008 após uma festa em um clube de Ribeirão Preto. Na época, Maturana, que tinha 24 anos e era estudante de direito, alegou que a vítima havia se jogado na frente do veículo no bairro Orestes Lopes de Camargo, zona norte da cidade. Isso aconteceu, segundo a versão dele, depois que encontrou um grupo suspeito de ter arrombado o carro dele na saída da festa. A polícia e o Ministério Público, no entanto, entenderam que o jovem atropelou e matou o adolescente de propósito. O advogado Alexandre Luis Maturana no Fórum de Ribeirão Preto Reprodução/EPTV A condenação Acusado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ele respondeu ao processo em liberdade. Em 2016, oito anos após a morte de Rubem, quando Maturana já atuava como advogado, ele foi condenado pelo tribunal do júri em Ribeirão Preto a 14 anos de prisão em regime fechado, mas teve direito a recorrer em liberdade. Em 2020, segundo a Promotoria de Justiça, após sucessivas derrotas em instâncias superiores para derrubar a condenação, o caso transitou em julgado e um mandado de prisão foi expedido pela Justiça contra Maturana. No entanto, ele nunca chegou a ser preso. Rubem Falconi de Oliveira morreu aos 16 anos, em maio de 2008, ao ser atropelado por Alexandre Luís Maturana, em Ribeirão Preto, SP Acervo EP Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/04/19/foragido-da-justica-ainda-consta-como-advogado-em-processos-4-anos-apos-condenacao-definitiva-por-morte-de-estudante.ghtml


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